Entender como fazer um aterramento elétrico é fundamental para qualquer pessoa preocupada com a segurança de sua residência ou local de trabalho. Essencial para prevenir choques elétricos fatais, proteger equipamentos e garantir a estabilidade da rede, um sistema de aterramento bem executado é um componente não negociável de qualquer instalação moderna.Para ajudar você, este artigo do GRUPO INTELLI serve como um guia educacional detalhado, dividindo o processo de instalação em etapas claras, com base nas melhores práticas e nas normas ABNT NBR.
Continue a leitura para saber mais sobre e garantir o máximo de eficiência e segurança em sua operação!
AVISO IMPORTANTE:
Este é um guia com fins didáticos. A execução de qualquer serviço elétrico, incluindo o aterramento, deve ser realizada exclusivamente por um profissional qualificado e certificado. Afinal, a eletricidade apresenta riscos graves, de modo que a sua segurança e a dos demais deve ser sempre a prioridade máxima.

Para que serve o aterramento elétrico? 5 Motivos Essenciais!
Realizar um aterramento elétrico adequado é uma exigência fundamental de segurança e norma. De forma prática, ele é indispensável para:
1. Proteger a Vida:
Evita choques elétricos fatais ao desviar correntes de fuga que podem energizar a carcaça de eletrodomésticos e equipamentos.
2. Salvar seus aparelhos:
Protege eletrônicos sensíveis contra a queima por surtos de tensão e descargas atmosféricas (raios), aumentando sua vida útil.
3. Fazer a proteção atuar:
Garante que disjuntores e dispositivos DR (Diferencial Residual) funcionem corretamente, desligando a energia de forma rápida durante uma falha.
4. Estabilizar a rede elétrica:
Fornece um ponto de referência estável para a tensão do sistema, o que melhora o desempenho e a precisão de equipamentos eletrônicos.
5. Cumprir a Lei e as Normas Regulatórias:
Atende à obrigatoriedade das normas ABNT NBR e da Lei nº 11.337/2006, que exigem o sistema de aterramento em todas as novas edificações no Brasil.
Entendendo os principais sistemas de Aterramento
Antes de iniciar a instalação, é útil saber que a norma ABNT NBR 5410 define três (3) esquemas principais de aterramento. A escolha entre eles depende do tipo de edificação e da rede da concessionária. Nesse sentido, conhecê-los ajuda a entender o porquê de cada etapa do processo:
- 1) Sistema TN (Terra-Neutro):
Neste esquema, o aterramento da residência é conectado diretamente ao mesmo ponto de aterramento do neutro da concessionária de energia. É uma configuração muito comum em instalações industriais e também na maioria das residências urbanas no Brasil. O passo a passo deste guia foca na implementação deste tipo de sistema. - 2) Sistema TT (Terra-Terra):
Aqui, a residência possui seu próprio sistema de hastes de aterramento, que é totalmente independente do aterramento da rede elétrica da rua. É uma solução comum em zonas rurais ou locais específicos e exige obrigatoriamente o uso de dispositivos DR para proteção. - 3) Sistema IT (Isolado-Terra):
Este é um sistema de uso restrito, onde o neutro da fonte de energia é isolado da terra. É aplicado apenas em locais onde a continuidade do fornecimento é crítica e não pode ser interrompida, como em centros cirúrgicos de hospitais e data centers.
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Aterramento elétrico: seu guia completo para um sistema seguro e eficiente
Antes do Passo a Passo: Componentes e Planejamento
Antes de iniciar a instalação, é crucial reunir os componentes corretos e planejar a execução. Certamente, a qualidade desses materiais é o que garantirá a eficácia e a longevidade do sistema.
Componentes Essenciais:
- Hastes de Aterramento:
Elas são o principal elemento de contato com o solo. As Hastes de Aterramento de alta camada da INTELLI são fabricadas em aço-cobreado, garantindo alta condutividade e máxima resistência à corrosão. - Condutores (Cabos):
- Cabo de Aço Cobreado Coppersteel ou Cobre Nu: Utilizado para interligar as hastes no subsolo.
- Condutor de Aterramento: Cabo isolado (verde ou verde-amarelo) que conecta o conjunto de hastes ao quadro de distribuição (QDC).
- Conectores para Haste:
Peças robustas, geralmente em bronze, que asseguram uma conexão firme e de baixa resistência entre o cabo de aço cobreado ou cobre e a haste. - Caixas de Inspeção:
Protegem as conexões e permitem acesso para futuras manutenções e medições. - Barramento de Equipotencialização Principal (BEP):
Instalado no QDC, é o ponto de convergência de todo o sistema de proteção.
Como fazer o Aterramento Elétrico? Aprenda a Instalação em 5 Passos
O processo a seguir detalha a criação de um sistema de aterramento residencial robusto e em conformidade com as normas ABNT NBR, em especial a NBR 5419 e NBR 5410.
Passo 1: Construindo o Eletrodo de Aterramento
Esta é a fundação do seu sistema, a conexão física com a terra.
- Escolha do Local:
Defina uma área externa, preferencialmente com solo úmido (jardins, corredores de terra), para a cravação das hastes. - Escavação:
Cave uma vala com cerca de 50 cm de profundidade, que servirá para abrigar o cabo de interligação das hastes. - Cravação das Hastes:
Com uma marreta, crave no mínimo três hastes verticalmente no solo. A distância entre elas é crucial: deve ser, no mínimo, igual ao comprimento de uma haste (geralmente 2,4 metros). Desse modo, o espaçamento evita a sobreposição das áreas de dissipação e maximiza a eficiência do sistema.
Passo 2: Interligando as Hastes
Com as hastes posicionadas, é hora de uni-las.
- Passe o Cabo:
Disponha o cabo de aço cobreado ou cobre nu na vala, passando sobre o topo de cada haste. - Conecte Firmemente:
a) Utilize os conectores de bronze para fixar o cabo de aço cobreado ou cobre em cada uma das hastes. Existem também outras opções de conectores, como os conectores de compressão para aterramento, ou mesmo os conectores cunha, com efeito mola.
b) O aperto deve ser firme para garantir um excelente contato elétrico e mecânico.
c) O ideal é que o cabo seja contínuo, sem emendas. - Instale as Caixas de Inspeção:
Posicione uma caixa de inspeção sobre cada conexão haste-cabo. Em seguida, cubra a vala.
Passo 3: Conectando o Sistema à Edificação
O sistema externo agora precisa ser levado para dentro do quadro de distribuição.
- Passe o Condutor de Aterramento:
A partir da haste mais próxima ao QDC, conecte o cabo de aterramento isolado (verde/amarelo). Também é necessário conectar os condutores de descida (cabos de aço cobreado ou cabos de cobre nus) e os condutores do anel de aterramento no mesmo sistema de aterramento. - Leve ao QDC:
Passe este cabo através de eletrodutos até o QDC principal da residência e conecte-o firmemente ao barramento de terra.
Passo 4: A Equipotencialização no Quadro (BEP)
Este é o passo mais importante para a proteção contra choques. Dentro do QDC, o Barramento de Equipotencialização Principal (BEP) é o ponto onde todos os elementos de proteção se encontram.
Dessa forma, para que o sistema funcione corretamente (esquema TN), é obrigatório criar uma interligação física entre o barramento de terra e o barramento de neutro neste ponto, e somente neste ponto.
Essa ligação garante que, em caso de uma falha (fase encostando na carcaça de um equipamento), a corrente elétrica tenha um caminho de volta à fonte com resistência baixíssima, gerando um curto-circuito que desarma o disjuntor instantaneamente.
Passo 5: Verificação e Medições Finais
O trabalho só termina após a validação. Para isso, o eletricista deve:
- Inspecionar todas as conexões:
Verificar o aperto de todos os parafusos e conectores. - Medir a Resistência:
Utilizar um terrômetro para medir a resistência de aterramento.
✓ Valores baixos (abaixo de 10 Ohms) indicam um sistema altamente eficaz.
✓ Caso a resistência de aterramento esteja muito acima de 10 ohms, por exemplo, com valores de centenas ou milhares de ohms, é recomendado que se instale mais uma haste, interligando-a ao circuito de aterramento, com ou sem tratamento do solo. Em seguida, medir a resistência novamente. Caso ainda esteja alta, encravar mais uma haste e medir, até que se consiga atingir uma resistência próxima a 10 ohms.
No caso de tratamento do solo, recomenda-se utilizar bentonita sódica misturada ao solo no local onde será encravada a nova haste. Essa solução pode atingir a baixa resistência de solo mais rapidamente e usando menos hastes.
✓ Saiba mais sobre aterramento elétrico em nosso canal no YouTube:
1) Materiais para Aterramento e SPDA: Palestra do Engenheiro Eletricista Tiago Mundim
2) Conectores e acessórios para aterramento
3) Condutores para Sistemas de Aterramento
4) Materiais para sistemas de Aterramento
O que NÃO fazer? Descubra erros comuns que comprometem a Segurança
- Usar materiais de baixa qualidade:
Hastes sem a camada de cobre adequada ou conectores que enferrujam , sem dúvida, comprometem a eficácia do sistema a longo prazo. - “Aterrar” na tomada:
Fazer uma ponte entre o pino de neutro e o de terra na tomada é uma prática proibida e extremamente perigosa. - Ignorar o BEP:
Deixar de conectar os barramentos de terra e neutro no QDC torna a proteção contra choques ineficaz.
Soluções para Aterramento da INTELLI
Descubra as soluções completas do GRUPO INTELLI para Aterramento Elétrico:
- Aterramento para Linhas de Transmissão de Energia
- Aterramento para Redes de Distribuição de Energia Urbana
- Aterramento para Redes de Distribuição de Energia Rural
- Aterramento para Sistemas de Geração de Energias Renováveis
- Aterramento para Subestações
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Segurança em primeiro lugar: a necessidade do eletricista qualificado
Este guia demonstra que a execução de um aterramento é um processo técnico, cujo trabalho segue normas e exige ferramentas específicas. Dessa forma, apenas um profissional qualificado possui o conhecimento para dimensionar os componentes, realizar as conexões de forma segura e validar o sistema com medições precisas.
Nesse sentido, caso não seja você o profissional qualificado, considere verdadeiramente contratar um eletricista certificado. De fato, isso não deve ser visto como um custo, mas sim um investimento na segurança do seu patrimônio e, principalmente, da sua família.
Conclusão
Agora, após esse artigo completo, você entende como fazer aterramento elétrico de forma correta e segura. De fato, trata-se de um processo metódico no qual a qualidade dos componentes e a precisão na execução são fundamentais para o resultado final.
Nesse contexto, ao optar pelos produtos de alta performance da INTELLI e COPPERSTEEL, você garante um sistema de aterramento que oferecerá proteção e tranquilidade por muitos anos.
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